quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Tabagismo passivo mata 603 mil pessoas no mundo por ano

Desse total, 165 mil eram crianças, afirma a revista médica 'The Lancet'.
Já o 'tabagismo ativo' mata mais de 5 milhões de pessoas anualmente.



O tabagismo passivo causa mais de 600 mil mortes ao ano no mundo, entre as quais 165 mil crianças, segundo estimativas publicadas nesta sexta-feira pela revista britânica The Lancet.

As crianças são as primeiras vítimas do tabagismo passivo, pois não podem evitar a principal fonte de exposição, quando seus pais fumam em casa, destacam os autores do estudo. Se somadas estas 600 mil mortes aos 5,1 milhões de falecimentos atribuídos a cada ano ao tabagismo ativo, chega-se a um total de 5,7 milhões de vítimas fatais do tabagismo anualmente.

Trata-se do primeiro estudo que avalia o impacto global do tabagismo passivo. Seus autores, pertencentes ao Instituto Karolinska de Estocolmo e à Organização Mundial da Saúde (OMS) utilizaram dados de 2004, os mais recentes disponíveis no conjunto de 192 países analisados.

No total, 40% de crianças, 33% de homens e 35% de mulheres não fumantes estavam expostos ao tabagismo passivo em 2004.

Segundo estimativas do estudo, a exposição provocou 379 mil mortes coronarianas, 165 mil por infecções das vias respiratórias, 36,9 mil por causa da asma e 21,4 mil por causa de câncer de pulmão. Assim, no total foram constatados 603 mil óbitos por fumo passivo.

Das 165 mil crianças menores de 5 anos que morrem de infecções respiratórias causadas pelo fumo passivo, dois terços estão na África e no sul da Ásia.

Apenas 7,4% da população mundial vivem hoje sob legislação "não fumante". Os autores do estudo recomendam "um reforço imediato" da Convenção Marco da OMS para a luta contra o tabaco, que inclui taxas mais elevadas para o tabagismo, pacotes de cigarros neutros (sem marca) e com mensagens sanitárias.

"É inadmissível que o 1,2 bilhão de fumantes no mundo exponham milhões de não fumantes ao fumo passivo (...)", criticam em editorial Heather Wipfli e Jonathan Samet (University of Southern California, Los Angeles).


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/11/tabagismo-passivo-mata-mais-de-603-mil-pessoas-no-mundo-por-ano.html

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Homem é morto ao ter furadeira confundida com arma

19/05/2010 19h44 - Atualizado em 19/05/2010 19h44


Um homem que segurava uma furadeira foi confundido com um traficante armado e morto com um tiro de fuzil por um cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O fiscal de supermercados, Hélio Ribeiro, de 46 anos, instalava um toldo no terraço de casa durante uma incursão policial em um dos acessos ao Morro do Andaraí, na zona norte da capital fluminense. O cabo se apresentou espontaneamente à 20ª Delegacia de Polícia, em Vila Isabel, e vai responder em liberdade por homicídio doloso.

Segundo a família da vítima, o disparo foi feito de uma vila de casas vizinha ao apartamento de Ribeiro. A viúva, Regina Célia, disse que o marido foi atingido de frente e que, em seguida, os policiais apontaram os fuzis para ela e ordenaram, gritando, que ela se deitasse no chão. Hélio segurava uma furadeira elétrica com fio que media cerca de 24 centímetros, de acordo com o modelo informado à Polícia Civil.

O comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Henrique de Moraes, classificou a ação como um "erro", mas disse que o policial pode ter disparado porque, "na avaliação dele, tudo indicava que era uma arma" e era necessário "proteger a equipe". O comandante do batalhão disse que o cabo será submetido a tratamento psicológico e afastado de operações nas ruas. O Bope vai instaurar um procedimento interno para apurar as circunstâncias da ação e avaliar os resultados. A corporação informou que o agente está há 10 anos na tropa de elite e nunca teve desvios de conduta.

A delegada responsável pela investigação, Leila Goulart, disse que o cabo admitiu ter confundido a furadeira com uma arma de fogo. "O inquérito investiga o homicídio como doloso porque ele teve a intenção de atirar, mas houve um erro", afirmou.

Em nota, a Secretaria de Segurança lamentou a morte "de um inocente durante a ação da polícia" e informou que o governo vai oferecer assistência psicológica e o pagamento de uma pensão à família da vítima, além de providenciar o enterro do corpo.


Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/05/homem-e-morto-ao-ter-furadeira-confundida-com-arma.html

A voz do Macacos

Sábado, Novembro 6, 2010

Por Analder Lopes (texto e fotos)


Na manhã chuvosa deste sábado (06/11), os moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, encontraram com um visitante caminhando pelas ruas da comunidade. O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, foi até o local ter o primeiro encontro com a população desde o início do processo de pacificação da comunidade, iniciado com a ocupação dos policiais militares de quatro batalhões em 14 de outubro.

O secretário chegou cedo ao Macacos. Antes da reunião, ele quis conhecer o local onde será instalada a base provisória da 13ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado, na rua Armando de Albuquerque, ao lado do CIEP. Não satisfeito, Beltrame foi mais adiante, até o fim da rua Torres Homem para conhecer um prédio de 3 mil metros quadrados que pertence à entidade religiosa União dos Discípulos de Jesus e que, possivelmente, entrará em obras para ser reformado e se transformar na sede definitiva da companhia. O local já funcionou como hospital e asilo.

Demonstrando satisfação por terem a oportunidade de expressar seus questionamentos aos gestores públicos, os moradores do Morro dos Macacos aguardaram a volta que o secretário deu para conhecer melhor a comunidade. Reunidos na quadra do CIEP Salvador Allende, os presentes tiveram resposta para a primeira dúvida: quando a UPP seria instalada. O secretário afirmou que até o dia 30 de novembro, a unidade estará operando com 228 novos policiais que farão o trabalho de policiamento de proximidade com a população local.

Na conversa com o secretário, a população pôde expressar seus anseios pela chegada dos serviços públicos à comunidade (grifo nosso), o que permitirá que a qualidade de vida de quem ali habita possa melhorar.

- Caminhando pelas ruas eu pude perceber que a carência é total por aqui. Vi que vocês precisam de praticamente todos os tipos de serviços, então, é óbvio que o Estado, o município e a iniciativa privada precisam continuar nos apoiando e entrando, cada vez com maior velocidade, junto com a gente nas localidades ocupadas. Os problemas que temos hoje no Rio de Janeiro na área de segurança pública são oriundos de um passado de abandono e de desordem pública (grifo nosso). Sempre que tenho oportunidade procuro transmitir o meu raciocínio de que polícia sozinha não adianta. Mas posso garantir a vocês que a polícia irá fazer a parte dela – , garantiu o secretário aos moradores.

Além de ressaltar que os outros setores do governo e a iniciativa privada precisarão estar atentos às demandas e às necessidades dos moradores, Beltrame também tranquilizou os presentes a respeito da descontinuidade do programa.

- Eu entendo, com naturalidade, que exista certa desconfiança por parte de vocês. Também é compreensível que fiquem até um pouco arredios à presença policial. Não é para menos, afinal, vocês estão abandonados pelo poder público há pelo menos 40 anos. Mas a minha presença nessa reunião é exatamente para dizer a vocês que nós não vamos desistir, que a polícia chegou para ficar no Macacos e que se para isso for preciso colocar mais homens aqui nós vamos colocar. Eu me comprometo com vocês ao garantir que esse projeto da Secretaria de Segurança não foi feito tendo por base uma política de governo, mas sim uma política de Estado. Eu garanto que, no que diz respeito à segurança, vocês terão a UPP aqui permanentemente, sem o risco da polícia sair e abandonar vocês amanhã ou depois – , disse.

Um ringue para mostrar que é bom de briga, ou melhor, de luta

O secretário de Segurança também apresentou aos moradores o futuro comandante da UPP da comunidade, o capitão Felipe Barreto, de 29 anos. Ele está na Polícia Militar há 9 anos e já passou pelos batalhões do Méier (3º BPM) e de São Cristóvão (4º BPM). Também foi instrutor de tiro no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap). O futuro comandante está no 8º período da faculdade de direito e tem como sua grande paixão a prática do jiu-jitsu. Ele é instrutor da luta marcial japonesa em academias e pretende, assim que assumir o posto, procurar um local para dar aulas para crianças, adolescentes e jovens.

- O esporte é um importante meio de aproximação. Eu já pude percorrer as ruas da comunidade e observar a receptividade da população. Vou usar dos meios que tiver para torná-la ainda maior. Para mim é uma grande honra estar à frente da unidade nesta comunidade, que viveu sob o estigma de ser o berço de muitos traficantes. Sei que a minha responsabilidade também é enorme, mas vejo esse comando como uma grande oportunidade na minha vida profissional pela inovação que a própria doutrina da polícia de pacificação faz não só com os moradores, mas também com nós que somos policiais. Este será o meu maior desafio, no Macacos travarei uma grande batalha diariamente. Usarei com os meus comandados o lema que ensino aos meus alunos: ‘quem luta não briga’ – , explicou o mestre Barreto.

O futuro comandante já está se tornando de casa. Apesar da maioria dos moradores ter descoberto somente hoje que ele comandará a UPP, muitos já o conheciam de vista, pois há 15 dias Barreto percorre a comunidade e conversa com moradores, presidentes de associações e comerciantes locais. O capitão afirma que o que mais lhe chamou atenção nesse tempo foi a clara percepção que teve da ansiedade de todos.

- Na reunião de hoje foi possível ver no semblante das pessoas uma grande receptividade, haja vista a grande adesão que a reunião teve. A quadra ficou praticamente lotada. Isso é sinal da receptividade deles ao nosso trabalho. O contato com a população nos leva a querer fazer o melhor por eles, ajudá-los nos pedidos mais diversos que eles nos fazem, enfim, a buscar incessantemente melhorar a comunidade. Esses pré-requisitos indispensáveis para quem quer ser policial militar são muito valorizados na hora dos superiores escolherem quem vai comandar uma UPP. A população espera muito de nós e não podemos decepcioná-los. A qualidade de vida dos moradores do Macacos e de todo o seu entorno vai melhorar – , acredita o capitão.

Também participaram do encontro o comandante do Comando de Polícia Pacificadora (CPP), coronel Robson Rodrigues; a subsecretária de Ação Social da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Sílvia Ramos e representantes da subprefeitura da grande Tijuca. A UPP Macacos vai beneficiar 12 mil moradores diretamente e outros 27 mil habitantes do entorno. A unidade atuará também nas comunidades Pau da Bandeira e Parque Vila Isabel.


Fonte: http://upprj.com/wp/?p=1212


O controle do crime e sua indústria

http://www.centrodorio.com.br/armas/default.htm


Afinal, a única finalidade para a utilização de armamento não-letal é permitir que a polícia prenda os criminosos "vivos para poder interrogá-los e, desta forma, obter informações capazes de viabilizar a captura de outros meliantes da quadrilha e, sobretudo, elucidar crimes que permaneceriam insolúveis caso os malfeitores fossem mortos a tiros".


E vale lembrar, apesar de aparecer como detalhe no site:

"O CONCEITO “NÃO-LETAL”: Não-letal surgiu como um conceito nos Estados Unidos, tendo sido difundido na Europa e nos países desenvolvidos. Este conceito define como Não-Letais as armas especificamente projetadas e utilizadas para incapacitar pessoal ou material, minimizando fatalidades, ferimentos permanentes às pessoas, danos indesejados às propriedades e ao meio-ambiente. Armas não-letais não têm, portanto, probabilidade-zero de risco, ou seja, fatalidades ou ferimentos permanentes, mas, sim, reduzem esta probabilidade se comparadas com as armas tradicionais que têm por objetivo a destruição física dos seus alvos."